Um novo estudo recentemente divulgado no Journal of American Medical Association (JAMA) alertou para os riscos associados ao consumo diário de refrigerantes. A pesquisa indicou que até mesmo uma simples dose diária dessa bebida pode ser suficiente para desencadear o acúmulo de gordura no fígado, ou esteatose hepática.
Como se deu a pesquisa? O estudo em questão abrangeu uma amostra de quase 98,7 mil mulheres e homens, dos quais 6,8% admitiram consumir refrigerantes diariamente, enquanto 13,1% relataram o consumo regular de uma ou mais bebidas açucaradas por dia.
O que se observou? Os pesquisadores observaram que ambos os grupos apresentaram uma maior incidência de câncer de fígado, totalizando 270 casos e 148 mortes devido a doenças hepáticas graves. Portanto, torna-se evidente que o consumo de refrigerantes é um fator contribuinte para o desenvolvimento da esteatose hepática, um estágio inicial da doença hepática gordurosa não alcoólica.
Existe quantidade segura? Quanto isso, especialistas sugerem estabelecer um limite de 200 a 355 ml por semana para aqueles que têm dificuldade em abandonar completamente essa bebida. Isso implica que o máximo recomendado de bebidas adoçadas com açúcar seria uma única lata padrão por semana.
Consumo excessivo de açúcar
Além disso, pesquisas anteriores destacam que o consumo ideal de açúcar deve ser limitado a aproximadamente seis colheres de chá por dia. Os alertas levantados pelo estudo publicado no JAMA levantam preocupações significativas para a população brasileira também, ressaltando a necessidade de uma maior conscientização sobre os perigos do consumo excessivo de açúcares e a importância de uma alimentação equilibrada para a saúde.
Diagnóstico de esteatose hepática
O diagnóstico da esteatose hepática é feito por meio de exames de rotina, laboratoriais e/ou de imagem. Se for detectada alguma alteração nos resultados, é importante levantar a história do paciente, que deve passar por minucioso exame físico e submeter-se a exames de sangue para medir os níveis das enzimas hepáticas. Embora a ultrassonografia, a tomografia e a ressonância magnética sejam muito úteis para avaliar possíveis alterações no fígado, há casos em que a confirmação do diagnóstico depende de biopsia.