Setembro é o mês de conscientização sobre a trombose, uma iniciativa do Congresso Nacional para alertar a população brasileira sobre os riscos e formas de prevenção dessa condição. A trombose é uma das principais causas de mortalidade no mundo, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu uma meta global de reduzir em 25% as mortes prematuras por doenças não infecciosas até 2025.
A professora do curso de Fisioterapia, Edine Kavano Kitahara, esclarece que a trombose se caracteriza pela formação de um coágulo em um vaso sanguíneo, o que pode obstruí-lo e dificultar o retorno venoso ao coração.
“A trombose é um problema silencioso e frequentemente assintomático, o que torna a compreensão e a vigilância essenciais. Ela geralmente ocorre nas veias das pernas, conhecida como trombose venosa profunda, ou pode se manifestar nos pulmões como uma embolia pulmonar”, afirma.
Para prevenir a trombose, é importante estar atento a fatores de risco externos, como imobilização prolongada, tabagismo e uso de anticoncepcionais, além de situações como cirurgias, hospitalizações e fraturas.
A professora destaca alguns sintomas que merecem atenção: dor, inchaço unilateral, vermelhidão na pele, cianose (coloração azul arroxeada), dilatação das veias superficiais, aumento da temperatura local, rigidez muscular na panturrilha e dor ao toque.
Riscos no avião
Durante viagens de avião, o espaço limitado para se mover pode fazer com que as pessoas permaneçam na mesma posição por mais tempo, dificultando o retorno do sangue venoso ao coração. Isso é especialmente comum em indivíduos com predisposição à trombose, que podem apresentar sintomas como inchaço na panturrilha, com ou sem dor, além de calor na região afetada.
“A recomendação é optar por roupas confortáveis que não restrinjam nenhuma parte do corpo, beber bastante água para manter-se hidratado e estimular a vontade de urinar, o que contribui para movimentação e pausas frequentes. É importante evitar ficar na mesma posição por mais de duas horas; mantenha-se em movimento sempre que possível”, conclui a docente.