Os nossos rins são os órgãos responsáveis por remover resíduos e o excesso de água do organismo, mas muitas vezes os cuidados necessários para mantê-los saudáveis acabam sendo negligenciados. Isso acaba resultando em problemas renais sendo descobertos em fases já avançadas, o que pode diminuir as possibilidades de tratamento.
De acordo com dados da organização internacional World Kidney Day, 10% da população mundial sofre de doença renal crônica, que pode se agravar e até levar à morte. Segundo o Ministério da Saúde, a doença real crônica são alterações heterogêneas que afetam tanto a estrutura quanto a função renal, com múltiplas causas e múltiplos fatores de risco. Trata-se de uma doença de curso prolongado, que pode parecer benigno, mas que muitas vezes torna-se grave e que na maior parte do tempo tem evolução assintomática.
Em caso de diagnóstico tardio, esse problema pode evoluir para terapia renal substitutiva: hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), o número de pessoas acometidas pela doença renal crônica é crescente e mais de 140 mil já realizam diálise no Brasil.
O nefrologista Bruno Graçaplena ressalta a importância de realizar exames para monitorar a saúde dos rins. “O paciente deve realizar anualmente o exame de creatinina, caso tenha comorbidades como hipertensão e diabetes, esse exame deve ser repetido com mais frequência”, destaca. A creatinina é um composto originado da creatina e que é filtrado e eliminado pelos rins. Ao medir as taxas dessa substância no sangue é uma maneira de avaliar a saúde renal de um paciente. Pessoas que sofrem de doença renal apresentarão níveis elevados de creatinina.
Segundo o Ministério da Saúde, existem diversas formas de aferir as funções renais, incluindo um exame de urina e exames detalhados dos rins, conforme cada caso. No entanto, do ponto de vista clínico a função excretora é aquela que tem maior correlação com os desfechos clínicos. Todas as funções renais costumam declinar de forma paralela com a sua função excretora. Na prática clínica, a função excretora renal pode ser medida por meio da Taxa de Filtração Glomerular (TFG).
Alguns fatores podem levar à insuficiência renal crônica como o diabetes, a hipertensão, doenças cardiovasculares e tabagismo, mas nem sempre os sintomas surgem na fase inicial, por isso, estar atento a alguns sinais que o corpo apresenta pode ser um alerta para problemas renais. “Hipertensão de início recente ou súbito e alterações do fluxo urinário, assim como inchaço nos membros inferiores e no rosto são sinais de algo pode estar errado com os rins”, complementa Graçaplena.
Fique atento a outros sintomas:
-Alteração na cor e no cheiro da urina;
-Insônia;
-Presença de espuma na urina;
-Falta de apetite;
-Sabor metálico na boca;
-Fadiga;
-Pressão na barriga no ato de urinar.