Um novo estudo realizado pelo University Hospital Magdeburg, na Alemanha, apontou uma possível correlação entre o tipo sanguíneo e o câncer de estômago. O grupo de pesquisadores analisou dados provenientes de dez estudos genômicos, com informações de mais de 5.800 indivíduos diagnosticados com a condição.
Os resultados confirmaram que os processos moleculares associados ao câncer gástrico variam consideravelmente, dependendo da gravidade do subtipo de câncer. No entanto, foi possível estabelecer parâmetros específicos ao determinar o perfil de risco genético. Em descobertas anteriores, já haviam identificado que cinco seções de DNA no genoma humano estão ligadas a subtipos de câncer gástrico.
A pesquisa alemã validou essas descobertas e identificou mais duas seções de DNA associadas a um risco aumentado da doença. Além disso, a análise revelou que o tipo sanguíneo desempenha um papel na suscetibilidade à doença, sendo que o tipo sanguíneo A foi associado a um maior risco, enquanto o grupo sanguíneo O apresentou menor risco para esse tipo de câncer.
Outros fatores de risco
- Infecção por Helicobacter pylori: esta bactéria está associada a um aumento do risco de câncer gástrico, especialmente quando a infecção persiste por longos períodos.
- História familiar: indivíduos com parentes de primeiro grau (pais, irmãos) que tiveram câncer gástrico podem ter um risco aumentado.
- Idade: o risco de câncer gástrico aumenta com a idade, sendo mais comum em pessoas mais velhas.
- Sexo: homens têm um risco ligeiramente maior de desenvolver câncer gástrico do que mulheres.
- Tabagismo: o hábito de fumar está associado a um maior risco de câncer gástrico.
- Alimentação: uma dieta rica em alimentos defumados, salgados, em conserva, processados e com baixo teor de frutas e vegetais pode aumentar o risco.
- Obesidade: pessoas com excesso de peso têm um risco aumentado de câncer gástrico, especialmente na parte superior do estômago.
- História de úlceras estomacais: indivíduos que tiveram úlceras estomacais têm um risco aumentado de desenvolver câncer gástrico.
- Exposição ocupacional: certas exposições ocupacionais a produtos químicos e poeiras podem estar associadas a um aumento do risco.
- Radiação: a exposição à radiação, seja por tratamentos médicos anteriores ou por outros motivos, pode aumentar o risco.
É importante destacar que a presença de um ou mais fatores de risco não garante o desenvolvimento do câncer gástrico, e a ausência de fatores de risco não elimina o risco completamente. Além disso, muitas pessoas diagnosticadas com câncer gástrico não apresentam fatores de risco conhecidos. O acompanhamento médico regular e a realização de exames de rotina são fundamentais para o diagnóstico precoce.