Quem disse que animal não trabalha? Momo tem rotina de quem trabalha pelo bem do próximo. Ele é como voluntário em hospitais, abrigo de crianças e asilos. As vezes se cansa, mas está sempre lá ajudando muitas pessoas a ficar bem. Sabe quem é ele? Um furão doméstico.
Sua missão é espalhar energia positiva ajudando no resgate de vínculos afetivos.
Há mais de dois anos esse é o seu trabalho. Momo faz parte da ong Patas Therapeutas, uma associação sem fins lucrativos que atua com intervenções assistidas por animais nas áreas de atividade, terapia e educação.
A presença dele muda o ambiente e torna qualquer lugar mais divertido. Afinal, essa é uma das tarefas dele, tornar o ambiente melhor com sua presença.
Com apenas três anos, Momo é o pet de estimação de Mine Toyoshi. Ela também é tutora da Sumi, furão fêmea de um ano e meio, que acabou de ser treinada e preparada para os primeiros trabalhos como furão terapeuta no Hospital Sepaco, da Vila Mariana, em São Paulo, e no Centro de Operações da Polícia Militar de São Paulo (Copom).
Momo e Sumi - @momo.sumi.terapeutas são muito sociáveis, gostam de companhia e de interagir com humanos, cães e gatos. O dia a dia deles é bem agitado: além de comer e brincar, adoram se esconder e andar pra lá e pra cá, carregando sacos de arroz.
A paixão de Mine pelos ferrets vem da sua infância, sempre ligada à natureza e aos animais. Um dia, ela resolveu juntar essa paixão com trabalho voluntário, uma combinação que deu muito certo! "Eu já tinha vontade de fazer trabalho voluntário, mas não sabia exatamente o quê! Um dia, passeando na rua com o Momo, uma pessoa falou que ele era muito dócil, não estranhava pessoas diferentes, e perguntou se eu nunca tinha pensado em levá-lo para fazer algum trabalho voluntário", contou Mine.
Foi então que a Mine conheceu a Patas Therapeutas, que possui mais de 80 animais cadastrados. Momo passou a fazer parte da ong e a exercer um papel muito importante na vida de muita gente. "Lembro-me de um idoso de um residencial onde fomos fazer o trabalho que interagiu com o Momo. Numa das visitas de domingo, dia de sol, no jardim externo, o idoso estava na cadeira de rodas, quietinho, acompanhado de uma enfermeira. Aproximei-me com o Momo, demos um bom dia, e o senhor começou a acariciar a cabeça do furão. Depois, começou a apontar para o céu, e eu disse: nossa como o dia está bonito… tentando puxar conversa. A enfermeira me contou que ele havia trabalhado a vida toda como piloto de avião, e aquele céu azul com um sol lindo o fez recordar de algo que lhe fez bem e fazia sentido para sua vida", recordou.
Por meio da ong, Mine conheceu também o PetZillas, um aplicativo de celular utilizado para controlar os vermífugos, vacinas e demais aspectos de saúde dos animais. "Imagine ter mais de 80 carteirinhas de papel de cães, gatos, furões, coelhos, twister. O aplicativo que é gratuito trouxe praticidade para a ong e para os tutores, pois não precisamos mais nos preocupar onde guardar a carteirinha. Basta acessarmos o celular", afirmou, Mine.