Após ser encontrado jogado na rua, coberto de graxa, lama e sem se mexer, um gato foi resgatado ao conseguir miar e mostrar que estava vivo a uma pessoa que passava pela rua, em Santos, no litoral de São Paulo. Ele foi diagnosticado com infecção no sangue e intoxicação devido à graxa, e sua temperatura era tão baixa que não pode ser registrada pelo termômetro da clínica que o atendeu, em Santos, no litoral de São Paulo.
O resgate de 'Francisco', como passou a ser chamado, ocorreu em 4 de outubro, data em que é comemorado o Dia de São Francisco de Assis, padroeiro dos animais. O nome foi dado em homenagem ao santo, já que, após passar por uma experiência de quase morte, o pet conseguiu se recuperar.
“Ele reviveu. Por isso escolhemos esse nome, acho que não teria nome melhor para esse gatinho, que foi salvo no Dia de São Francisco de Assis”, relata Marilucy Pereira, presidente da Organização Não Governamental (ONG) Viva Bicho Santos. Em entrevista, neste domingo (17), ela explicou como foi o processo de limpeza e tratamento do animal.
Segundo Marilucy, o gato foi encontrado por um homem no fim da tarde, próximo ao cais do Porto de Santos. A princípio, ele achou que o animal estava morto, pois estava imóvel e coberto de graxa e lama. Ao se aproximar, ouviu um miado baixo, e ligou para a ONG para pedir ajuda.
Segundo informações do portal G1, Francisco foi levado a uma clínica veterinária parceira da ONG. Os profissionais perceberam que ele estava muito gelado e duro, com uma temperatura muito baixa, que não pode ser medida pelo termômetro do local. Eles iniciaram um procedimento de limpeza que durou quase três horas, para retirada da graxa, banho e secagem, todos os procedimentos com água e temperaturas quentes.
O gato também estava desidratado, e precisou receber soro em temperatura morna, devido à baixa temperatura do corpo. Ele foi diagnosticado com uma infecção no sangue e uma intoxicação devido à graxa, que causou problemas neurológicos ao animal. “Ele chegou aqui na ONG dando cambalhotas, de repente. Não tinha muito senso de direção, e aí vimos que se tratava de uma intoxicação”, explica.
No dia seguinte, após os cuidados e medicamentos, o animal apresentou uma melhora significativa. A ONG não sabe o que o deixou naquele estado, mas afirma que não se tratava de um gato de rua. “Ou ele fugiu de uma residência, o que a gente não acredita, porque até agora, com nossa divulgação, ninguém entrou em contato, ou foi realmente abandonado. Com certeza, não é um animal de rua”, conta Marilucy.
Após dias de tratamento, Francisco teve a infecção e a intoxicação curadas. Atualmente, o pet aguarda por adoção, sob os cuidados da ONG, e, de acordo com Marilucy, "está 100% melhor".
“Eu sempre acho que as coisas não são à toa. Não acho que aquela pessoa passou à toa naquele local e foi conferir se ele estava morto. Não é por acaso que ele deu um miado bem quando o rapaz chegou perto. Às vezes, eles [animais] precisam passar por uma tragédia de quase morte para receberem a oportunidade de terem outro tipo de vida, de serem cuidados de verdade”, conclui.