Na costa leste da Austrália, em Kingscliff, no norte de New South Wales, um morador presenciou e divulgou o ocorrido inusitado de seu quintal: uma serpente píton-carpete havia sido morta pela sua presa, um sapo de cana.
Peter Hall ficou triste pela morte da serpente.
“Tão triste, tão lamentável, esta era a píton que vivia no nosso jardim por anos”, disse ele nas redes sociais.
“É a segunda que vemos morrer assim depois de entrar em contato com toxina de sapo de cana”, relembrando que a serpente mantinha os roedores sob controle em seu quintal.
Apesar de a morte ter sido inusitada e o sapo ter se “dado bem” em uma batalha quase que perdida, a espécie é considerada uma praga pelos moradores, e Peter encoraja as pessoas a matarem assim que verem um, mas de forma ‘humana’: colocando-os em um saco plástico e em um freezer.
“Acho incrível que a humanidade tenha dinheiro e recursos para lançar um carro vermelho no espaço”, disse ele, “mas [nós] não conseguimos encontrar uma solução para a devastação que esta praga introduzida está a causar à nossa fauna nativa.”
Animais comuns da região, como cobras e gansos, começaram a desaparecer devido à invasão dos sapos. Seu veneno, carregado de cardiotoxinas, se torna letal para qualquer indivíduo que tente alguma aventura com algum dos indivíduos dessa espécie.
O biólogo evolucionista da Universidade de Melbourne, Ben Phillips, disse que foi surpreendente ver uma cobra-carpete tentar comer um sapo.
“As pítons-carpete comem principalmente mamíferos em vez de sapos”, disse o Dr. Phillips.
“Os sapos possuem uma força [de proteção] muito forte, eles simplesmente matam qualquer coisa que os coma”, disse ele.
A prática de abate dos sapos, apesar de apoiada por biólogos e moradores, não é tão eficaz.
“Qualquer esforço que você faça em sua área local para controlar os sapos não fará qualquer diferença muito rapidamente”, disse ele. “Os sapos vão procriar ou outros sapos vão avançar.”