Imperatriz Leopoldinense é a grande campeã do carnaval do Rio de Janeiro

Verde e Branca trouxe uma fábula sobre a morte de Lampião à luz da cultura do cordel e num Nordeste multicolorido.

Imperatriz Leopoldinense é a grande campeã do carnaval do Rio de Janeiro | Reprodução
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A Imperatriz Leopoldinense é a grande campeã do carnaval 2023 no Rio de Janeiro. A Verde e Branca de Ramos chegou ao nono título da história apenas um ano depois de regressar ao Grupo Especial — em 2019, foi rebaixada para a Série Ouro, conquistou em 2020 o acesso e reestreou na elite em 2022, quando ficou em 10º lugar.

A vitória, 22 anos depois da última conquista, veio com uma divertida fábula sobre Lampião, o Rei do Cangaço. Leandro Vieira, que conquistou seu terceiro campeonato no Grupo Especial, retratou a vida e a morte do jagunço, barrado no inferno e no céu, à luz da cultura do cordel e num Nordeste multicolorido. Em busca de seu nono título no Grupo Especial, a escola cantou o enredo "O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida". Nele, explorou a vida e, principalmente, a morte do cangaceiro.

Imperatriz Leopoldinense é a grande campeã do carnaval do Rio de Janeiro

O desfile da Imperatriz contou com 3 mil componentes divididos em 24 alas, com cinco carros e dois tripés.

Imperatriz Leopoldinense é a grande campeã do carnaval do Rio de Janeiro

O cordel deu as caras logo na comissão de frente, que mostrava a jornada de Lampião após morrer, indo do inferno ao céu sem encontrar abrigo em lugar algum.

Imperatriz Leopoldinense é a grande campeã do carnaval do Rio de Janeiro

No abre-alas, o rei do Cangaço aparecia em seu cavalo sobre uma reprodução colorida do Sertão, com bois, cactos e grandes crânios bovinos. Como destaque, Matheus Nachtergaele e Regina Casé como Lampião e Maria Bonita.

Imperatriz Leopoldinense é a grande campeã do carnaval do Rio de Janeiro

Nas primeiras alas, a escola costurou a vida de Lampião e seu bando com cultura popular nordestina da época, com beatos, repentistas, cordelistas, carpideiras e mamulengueiros.

As desventuras do cangaceiro, pelo menos em vida, já terminaram no segundo carro. Não menos colorida que a primeira, a alegoria mostrava a morte do bando pela polícia.

Desse momento em diante, a Imperatriz assumiu um tom vermelho pra narrar a jornada de Lampião ao inferno.

Lá, o próprio Cramulhão pede que seus demônios impeçam a entrada do cangaceiro.

A partir do terceiro carro, a escola adota o azul como cor majoritária na subida aos céus. Apesar de um lugar de paz, os santos começam uma grande batalha para expulsá-lo de lá, como foi contado no quarto carro.

Na última alegoria, que celebrava a herança cultural de Lampião, o destaque era Expedita Ferreira da Silva, filha do casal celebrado no desfile.

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