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Governo recebe apoio de estados e municípios para contratação de médicos de outros países

Estados e municípios estão juntos com o Governo Federal para que médicos estrangeiros venham trabalhar nas grandes periferias e interior do Brasil. O apoio vem, principalmente do Norte e Nordeste do país, regiões com maior carência de médicos. Este ano, por exemplo, o Provab, Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica do Ministério da Saúde, atendeu apenas 33% da demanda dos municípios do Norte e Nordeste, ou seja, foram pouco mais de dois mil médicos contratados para um total de sete mil e duzentas vagas ofertadas. Para debater o assunto, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou, por vídeo conferência, de reunião com secretários municipais de saúde do Norte e Nordeste, nesta terça-feira, em São Luís, no Maranhão. O ministro Alexandre Padilha disse que a prioridade é a abertura de vagas de medicina nessas regiões:

"A política de recrutamento de médicos estrangeiros é uma política transitória, com a ideia com prazo enquanto o Brasil não alcança níveis de médicos por mil habitantes, compatíveis com outros países do mundo. O Brasil tem um ponto oito médicos por mil habitantes, a Argentina tem três ponto dois. Em quanto o Brasil não alcançar esse patamar com nova formação, é importante recrutar médicos estrangeiros para que a gente possa ter mais médicos e mais perto da população". - Alexandre Padilha

O ministro Alexandre Padilha afirmou que, paralelamente à vinda de médicos, o Ministério da Saúde está investindo em infraestrutura, como a abertura de linha de financiamento de um bilhão e seiscentos milhões de reais para reforma, ampliação e construção de Unidades Básicas de Saúde em todo o país:

"Nós temos que saber que as ações têm que andar de forma conjunta. A necessidade de melhorarmos a estrutura das unidades de saúde do país, que é uma verdade, é muito importante isso, estamos investindo nisso, não pode ser motivo pra se impedir termos mais médicos pra população ou atrair médicos estrangeiros".- Alexandre Padilha

Os médicos estrangeiros que serão contratados para trabalhar nas grandes periferias e interior do país vão ser avaliados e acompanhados, permanentemente, por universidades brasileiras.

Reportagem, Ana Cláudia Amorim/Lucas Andrade

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