Pio IX/PI

Medidas inibem atuação da imprensa na Câmara Municipal de Caxias no maranhão

Vários veículos de imprensa de Caxias estão sendo sistematicamente impedidos de exercer seu trabalho na Câmara Municipal de Caxias.

O acesso ao plenário da Casa do Povo, antes liberado para que repórteres e fotógrafos pudessem fazer registros de imagens, e colher depoimento dos vereadores, agora foi proibido para alguns veículos.

O primeiro órgão de imprensa a ter o direito de acesso ao plenário negado na nova legislatura foi a TV Band Caxias. O Jornal dos Cocais também recebeu cartão vermelho da direção da Câmara. O Portal Noca, que teve o acesso liberado na condição de que seus repórteres não adentrassem o plenário, o que dificultava o registro fotográfico dos debates dos vereadores, agora deparou-se com outra dificuldade imposta pela Mesa Diretora.

É que nas sessões legislativas que o Portal Noca cobria na Câmara, o áudio dos vereadores era disponibilizado após cada sessão. Com isso, o registro das falas de cada parlamentar era reproduzido em nossas matérias exatamente como havia sido dito. Na gestão de Ironaldo Alencar, essa prática tornou-se rotineira e nenhum prejuízo causou à direção da Casa e nem a fidelidade do que era escrito em nossas reportagens. Mas na gestão de Ana Lúcia Ximenes essa transparência parece que ficou em segundo plano.

O fato tem causado revolta nos profissionais que cobrem à Câmara Municipal e marca o início de um retrocesso sem igual na relação do poder legislativo com a sociedade.

A medida proibitiva não vale para a imprensa como um todo, pois alguns meios de comunicação, escolhidos pela presidente, estão tendo o acesso livre ao plenário e as demais dependências da Câmara.

Transparência questionada - Parece que a nova direção da Câmara Municipal está disposta a fazer da transparência, ou melhor, da falta dela, uma prática corriqueira.

É que na mesma sessão que nossa equipe teve o acesso ao áudio negado, o vereador Catulé (PSB) travou uma dura discussão com a presidente Ana Lúcia Ximenes. O imbróglio foi causado por conta da votação da ata da sessão anterior.

É que nessa ata existia a inserção da votação de um Projeto de Lei que não havia sido votado na sessão anterior. O fato causou revolta no vereador Catulé, que protestou veementemente.

"Anos atrás, esse tipo de expediente serviu de preparo para a execução de atos escusos dentro dessa Casa", lembrou Catulé.

Após a discussão, a ata da sessão deixou de ser votada.

Fonte:PortalNoca

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