Aqui no Brasil os indivíduos humanos agrupam-se politicamente em facções formadas em torno de alguma liderança e prendem-se entre outros líderes para entrançar-se num resistente cabresto político. Na divisão Geográfica Brasileira, Estados e Municípios de um vasto território nacional têm sido palcos das manobras políticas de onde a população mobilizada assiste em cada dois anos as simbólicas alegorias carnavalescas em desfile a jogar fora boa parte do dinheiro público que poderia ser destinado à segurança, saúde, educação, etc. etc...
O espectro luminoso desse cabresto tem permanecido no panorama político eleitoreiro ao longo do milênio próximo passado credenciando poucos indivíduos à exploração do ouro das serras peladas e dos cristais e pedras preciosas das montanhas azuis sem a mínima distinção entre o herói e o aventureiro. Só eles foram os únicos privilegiados a pleitear cargos públicos através de talentos manipulados de utopias para afastar e fazer recuar à retaguarda qualquer aspirante. Ao iniciar o terceiro milênio a fortuna nativa do país em desenvolvimento cansou-se de carregar nas costas os mesmos políticos cada dia mais pesados de patrimônios exorbitantes, e ofegante sussurra aos ouvidos de uma equipe mais leve de sua melhor preferência a palavra ?Renovação!? espera-se agora mesmo que esta equipe esteja realmente sendo formada entre a juventude brasileira, logicamente com a participação ativa das mulheres disposta a oficializar no dicionário político, em todos os idiomas o termo Renovação e habilitar-se em desfazer a trança da corda faccional para trazer a curto prazo um conceito novo de política.
Um conceito no sentido de fazer desta nação, uma nação menos injusta, consciente não só dos deveres cívicos, mas também, dos direitos recíprocos. Então a política deixaria de ser a arte de mentir e de enganar. Os políticos teriam escrúpulos de prometer tudo e ao contrário de tudo para agradar a todos os seguimentos e reuni-los em torno de um próprio eu. O esperado desenvolvimento global não ficaria restrito ao último ano das administrações públicas e os projetos eleitoreiros seriam substituídos por projetos compensatórios. Não haveria mais preocupações em reviver-se ou imagem folclóricas e personagens casuísticas de campanhas eleitorais que tem por finalidade a eternização de certos magnatas. A política deixaria de ser uma especialidade parlamentar, a arte de governar o país, um estado, um município, ou de eleger um vereador ou um deputado e passaria a significar Liberdade Renovada.
Manoel Lopes Sobrinho é Professor Municipal, Graduado em Pedagogica e Mestre Griô de Literatura de Cordel