A desinformação alimenta o ódio Lula x Bolsonaro

Pesquisa científica mensurou a ação das fake news, militantes disfarçados de jornalistas e tiozões do zap

Pesquisa científica mensurou a ação das fake news, militantes disfarçados de jornalistas e tiozões do zap.

Levantamento do Instituto Quaest mostra que um terço da população brasileira prefere acompanhar programas de TV e mídia social que só mostrem assuntos com os quais elas concordam. Ou seja, pouco se importam com os fatos. Querem mesmo acompanhar narrativas que confirmem suas ideias.

Essa calcificação de ódios e amores traz clicks e lucros às big techs que usam algoritmos  para realimentar o processo. Influencers potoqueiros também enchem os bolsos ao engajar a cólera.

Há outros números na pesquisa que denunciam o avanço célere da intolerância: 

-32%  dos brasileiros reprovariam um casamento do filho com alguém que votou no candidato a presidente diferente do seu;

-25% mudariam o filho de escola caso o local  tivesse a maioria de pais que apoiou o adversário;

-54% conhecem alguém que rompeu relações por causa de política e 

-75% não se sentem mal por ter rompido relações por causa de política. 

E mais pasmoso ainda, quase a metade mudaria de país, se pudesse, caso o comando fosse de um líder ‘inimigo’.

É eloquente a diáspora entre os valores, ideias e visões sobre política. A  separação em bolhas significa menos vontade de desertar do seu ídolo/guru ou até votar em um partido ou nome alternativo. 

Há, portanto, diálogo interditado e menos chance de eventos novos mudarem as escolhas das pessoas nas urnas. E menos democracia.

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