Valdemar da Costa Neto empoderou Michelle Bolsonaro como presidente do PL Mulher, deu a ela um salário polpudo, staff robusto e preparou agenda de liderança nacional com viagens por todo o país. A preferência se escora em números.
O governo Bolsonaro foi anfigúrico, entregou uma economia insalutífera e foi salpicado com acusações de trampolinagens com o erário público. Mesmo assim, Jair teve um desempenho nas urnas estupefaciente e chegou perto da reeleição. Essa formidável e resiliente mina de votos foi respaldada na pesquisa DataFolha desta semana. Os números apontam que um em cada quatro brasileiros se declara bolsonarista pro que der e vier.
Outra sondagem, apurada por Pulso/OGlobo, quis saber em quem esse eleitor bolsonarista votaria para presidente, já que o líder está inelegível. O resultado é surpreendente com um empate técnico entre Tarcísio de Freitas, 29%, e Michelle , 28%. Há ainda 7% que só sairão de casa para votar se o candidato for Bolsonaro.
Valdemar terá muitos desafios para fazer da ex-primeira-dama sua candidata. Uma tarefa complicada será mudar o pensamento do próprio Bolsonaro que já delimitou as postulações de Michelle ao senado. E mais tortuoso ainda, será convencer os filhos de Jair, que sempre mantiveram distância quilométrica da madrasta, a toparem na empreitada.