<u>Crise na Segurança:</u> Leia Robert, Rosimar, Meton e José Airton

<u>Crise na Segurança:</u> Leia Robert, Rosimar, Meton e José Airton

A Corregedora Geral de Justiça, desembargadora Rosimar Leite, defendeu o mutirão carcerário que colocou em liberdade 350 acusados de crimes no Piauí. Para ela, o remédio é amargo, mas atende a Lei. "Esse trabalho é coordenado, não é apenas soltar preso, mas dar andamento ao processo. É a Lei que determina o prazo e não podemo ficar acima da Lei. O remédio é amargo, mas vai melhorar", disse Rosimar Leite.

ROBERTO RIOS

"Isso não é remédio, é veneno", respondeu o secretário de segurança Robert Rios Magalhães apesar de reservar respeito a desembargadora Rosimar Leite. Ele reaforçou as críticas a soltura dos presos e se respaldou na execução de um cliente dentro de uma panificadora em Teresina. "Esse bandido que matou esse pai de família foi solto duas vezes no ano passado, uma em março e outra em julho, mesmo com parecer contrário do Ministério Público. Na última vez ele foi soldia dia 28 de novembro para matar esse pai de família", disse Robert Rios.

PROMOTOR DE JUSTIÇA METON FILHO

O promotor de justiça Meton Filho disse que a formatação inicial do mutirão carcerário era para julgamentos e não soltura de presos no Estado. "Existe um dilema na legislação, que é nova, mas trabalha com uma estrutura ruim. Apenas 15% dos processos foram julgados durante a execução do primeiro mutirão", disse Meton Filho. Ele lembra que existem cerca de seis mil processos aguardando julgamento na 1a- Vara Criminal.

MAGISTRADO JOSÉ AIRTON

O vice-presidente da Associação dos Magistrados, José Airton, ressaltou que não existe solução simples para um problema tão complexo, e atribiu culpa a todos os aparelhos de segurança e justiça pela onda de criminalidade no Estado. "Não é culpa do Judiciário. Seria irresponsabilidade da minha parte apontar um culpado, a polícia ou o Ministério Público. Nós temos parte nessa culpa, mas ela é do sistema como um todo", disse José Airton.

O magistrado disse ainda que não se está questionando o excesso de processos por juiz, a falta de recursos ou a má gestão do Tribunal de Justiça.

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