O deputado estadual Antônio Uchôa (PDT) disse nesta segunda, dia 07, que foi uma farsa a informação de que teria atropelado uma professora durante manifestação de grevistas ao lado do Palácio do Karnak. Ele apresentou um vídeo para provar a sua inocência e afirmou que a farsa promovida por manifestantes radicais foi uma vingança pelo fato de ter votado a favor de Projeto de Lei do Poder Executivo que dispõe sobre o aumento do piso salarial de 8% do magistério do Estado.
?Nós sabemos que a imagem de uma pessoa é o seu maior patrimônio e toda essa farsa teve o objetivo de destruir a minha imagem?, declarou o deputado pedetista, acrescentando que os radicais têm ódio de todos os parlamentares que apoiaram o Projeto de Lei.
Antônio Uchôa acentuou que ?os professores precisam entender que se nós tivessemos rejeitado a proposta do Governo, a matéria só poderia voltar a ser discutida no ano que vem. Além do mais, nós não podemos legislar sobre aumento na folha de pessoal do Estado?.
O parlamentar do PDT afirmou que os deputados mostraram que são amigos dos professores, pois a votação do Projeto de Lei permitiu que fossem reabertas as negociações com o Governo, que apresentou uma nova proposta concedendo um aumento parcelado de 22,22% para a categoria.
Em seguida, Antônio Uchôa disse que recebeu de um professor um vídeo, que foi apresentado durante a sessão de hoje, mostrando que ele não atropelou nenhuma professora e que, ao contrário, foi agredido pelos manifestantes radicais, que quase o atingiram com uma pedra e provocaram danos em sua camionete.
?O que aconteceu é que eu vinha pela rua 24 de Janeiro e, ao entrar no retorno da praça da Liberdade, fui cercado pelos manifestantes, mas sai devagar e tenho plena consciência de que não atropelei ninguém, pois só arrastei uma cadeira, como mostra o vídeo. Depois, parei a cinquenta metros, quando, então, fui atacado por esses manifestantes?, declarou Antônio Uchôa, assinalando que temeu ser vítima de linchamento.
Em apartes, os deputados Luciano Nunes (PSDB), Fernando Monteiro (PTB), Fábio Novo (PT), Belê Medeiros (PSB), João de Deus (PT), Rejane Dias (PT), Mauro Tapety (PT), Flávio Júnior (PDT) e Cícero Magalhães (PT) apresentaram solidariedade a Antônio Uchôa, afirmando que o vídeo apresentado prova que ele não atropelou a professora, como chegou a ser divulgado.
Antes de finalizar seu pronunciamento, Antônio Uchôa lamentou que os professores tenham rejeitado em assembleia geral a nova proposta de aumento salarial e pediu que a greve seja encerrada para que milhares de estudantes piauienses não continuem sendo prejudicados pela falta de aulas nas escolas públicas estaduais.