A Câmara Municipal de Teresina recebeu ontem o diretor geral do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Gilberto Albuquerque, para tratar da atual situação da unidade hospitalar. A proposição é do vereador José Pessoa (PSD) e foi aprovada em plenário.
Além do proponente, a reunião contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Rodrigo Martins (PSB) e dos vereadores Ricardo Bandeira (PSDC), Teresa Britto (PV), Antonio José Lira (DEM), Gilberto Paixão (PT), Celene Fernades (PT do B), Edvaldo Marques (PSB), Teresinha Medeiros (PHS), Valdemir Virgino (PTC) além do presidente do Conselho Estadual de Saúde, José Teófilo Cavalcante.
O diretor do HUT falou da desorganização do sistema de saúde que causa um ?inchaço? de pacientes na unidade.
?Nosso Sistema de Saúde é totalmente desorganizado. O HUT é um hospital municipal e recebe pacientes do Piauí, Ceará, Maranhão, Tocantins e Pará.? Segundo Gilberto Albuquerque, cada hospital deve atender um paciente dentro da sua complexidade de atendimento e o sistema de saúde desobedeceria às normas. ?Em uma rede organizada, realiza-se o atendimento e encaminha-se para os hospitais de referência de acordo com sua complexidade. O HUT é um hospital de traumas ou risco de vida, mas lá nós temos de tudo, até unha encravada. O HUT é a casa da Mãe Joana?, disse o diretor.
FALHAS - Albuquerque denunciou ainda falhas no sistema de hospitais de retaguarda. ?O HU (Hospital Universitário) tem mais de um ano recebendo dinheiro público, 100 leitos contratados com o município e nunca atendeu o primeiro paciente. O Tribunal de Contas abriu processo administrativo para averiguar o pagamento de pessoal e o não atendimento a pacientes oriundos do sistema municipal de saúde. O HGV não recebe pacientes nos finais de semana e seu ambulatório não funciona há meses, mas o município repassa cerca de R$ 214 mil mensais. Já o HPM tem sido um hospital de retaguarda fenomenal. Realiza de 200 a 250 cirurgias ortopédicas por mês, cumpre 100% da pactuação, enquanto o HGV cumpre 0%.?