O senador João Vicente Claudino avaliou ontem a relação entre a sua permanência na base aliada e a posição de Wilson Martins diante da sucessão ao governo do Estado. Segundo ele, estâ em pauta três hipóteses: na primeira, Wilson Martins assume o governo e obedece ao que foi acordado anteriormente e mantém a unidade da base. Na segunda, Martins assume a cadeira de Wellington Dias e segue candidato sem a unidade da base, então os petebistas vão conversar para definir que rumo tomará a
candidatura de João Vicente Claudino.
Na terceira e mais surpreendente, JVC avalia que Wilson Martins pode confirmar candidatura a governador, mesmo sem assumir o Governo, de forma independente, sustentado pela militância do PSB. "Nesse caso continuaríamos na base ao lado do governador Wellington Dias. Temos que avaliar as nuances de cada situação, disse o senador e pré-candidato pelo PTB.
POSIÇÃO DO PSB - Essa última tese tem ganhado força durante a semana quando interlocutores de Wilson Martins têm afirmado que ele pode ser o candidato da opoção ao governo Wellington Dias. A deputada estadual Lílian Martins (PSB), esposa do vice-governador, afirmou ontem que qualquer um dos quatro pré-candidatos do grupo pode ir para a oposição no caso de rompimento da base do governo. "Não que seja de propósito, mas qualquer um pode ir para a oposição. Mas nós estamos tão afinados que não vejo nenhuma justificativa", disse Lílian Martins. A deputada não descarta ainda o apoio da atual oposição, encabeçada por Sílvio Mendes. "Não se nega voto. Nada impede que o grupo de oposição venha apoiar o PSB", completou.
João Vicente Claudino afirmou que o governador lhe confirmou que a decisão sai antes do dia 02 de abril, na segunda quinzena de março, deixando prazo para entendimento com possíveis descontentes com o resultado da definição do candidato da base do governo. "Essa chapa deve representar a unidade", finalizou o senador do PTB.