O promotor de Justiça Régis Marinho, que tem atribuições na defesa do meio ambiente, visitou o Parque Floresta Fóssil do Rio Poti, em Teresina, acompanhado do perito em engenharia florestal do Ministério Público, Faruk Aragão, para avaliar o estado de preservação do local.
Foi constatado que o Parque encontra-se abandonado, não possuindo condições mínimas de preservação e visitação.
A responsável pelo parque é a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semam), mas a equipe do Ministério Público foi recebida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), que acaba recebendo eventuais visitantes pela localização próxima à floresta, já que a Semar não disponibiliza guias ou guardas. Não há cercas, trilhas ou identificação nos fósseis.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Piauí já havia realizado um plano de gestão, conservação e manejo para o parque, que nunca foi executado pela Semam. A falta de gestão no Parque facilita a ação de vândalos, o que também faz com que o espaço se torne um local perigoso na cidade, além de ser usado como depósito de lixo e estacionamento. ?Tomaremos as providências necessárias para que a prefeitura cumpra o seu papel e execute o plano de manejo, tornando o Parque Floresta Fóssil do Rio Poti um local agradável e propício para a visitação?, afirmou o promotor Régis Marinho.
Os primeiros vestígios de troncos petrificados, indicando que já houve uma densa floresta no período paleozóico, datam de 1909. Existem apenas mais duas florestas fósseis em posição de vida, além da localizada em Teresina. Uma no Parque de Yellowstone, nos Estados Unidos, e outra na Patagônia, na Argentina. A petrificação dos vegetais é difícil de acontecer, pois, para que eles não apodreçam, são necessárias condições climáticas favoráveis.
A Floresta Fóssil do Rio Poti, além de ser um ambiente rico para a visitação de turistas em Teresina, é uma promissora fonte de pesquisa para estudiosos do mundo inteiro.