OAB aponta descaso na Central de Flagrantes de Teresina

OAB aponta descaso na Central de Flagrantes de Teresina

Dez pessoas presas em um espaço de apenas seis metros quadrados há aproximadamente 15 dias. Esse foi o quadro encontrado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, Sigifroi Moreno, e por representantes da Comissão de Direitos Humanos na Central de Flagrantes de Teresina, durante vistoria na manhã de ontem.

Além da superlotação, foi constatada a permanência de presos acima do tempo permitido, sem banhar e sem, até mesmo, tomar banho de sol, e policiais civis fazendo as vezes de carcereiros. Segundo denúncias a situação foi ainda pior, pois há pouco tempo 22 presos ocupavam a mesma cela, que não possui chuveiro ou ventilação adequada.

Segundo o presidente da Comissão, Lúcio Tadeu, o objetivo da Central é fazer com que os acusados permaneçam nas celas somente até a lavratura do flagrante, o que não vem acontecendo. ?Estamos aqui atendendo às reclamações do próprio Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de Carreira do Estado do Piauí, além dos familiares dos presos, que constatam a situação desumana dos presos e a insegurança causada pela situação?, explicou.

De acordo com Humberto Carvalho, membro da Comissão, a OAB-PI vem acompanhando constantemente denúncias desse tipo nas delegacias da capital. O advogado esclarece esses locais não são adequados para a custódia de presos, que deveriam ser transferidos para os presídios e penitenciárias. ?Nós constatamos in loco a situação de penúria, com presos permanecendo acima do tempo permitido, em situação indigna, que ferem os direitos humanos e que compromete a segurança pública do Estado?, asseverou.

O presidente da OAB-PI, Sigifroi Moreno, assegurou que a instituição irá acionar o Ministério Público, a fim de buscar as medidas judiciais cabíveis.

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