Pode ir bem além da indicação do novo secretário de Saúde a mexida que o governador Wilson Martins fará no seu secretariado, nos próximos dias. As mudanças podem alcançar quatro pastas, ou até mesmo cinco, dependendo da conversa de Wilson com dois gestores e ainda a possibilidade de uma definição sobre o presidente da Codevasf.
Há duas mudanças praticamente certas. Uma, a ser concretizada até o início da próxima semana, é a escolha do substituto da deputada Lílian Martins, que na sexta-feira pediu exoneração, após a eleição para o cargo de conselheira do TCE. O nome que ocupa interinamente o posto, João Batista Cavalcante, parece ser somente isso:
interino ? até porque ele deve ser candidato a prefeito de Antônio Almeida e teria que deixar o cargo em junho. O nome definitivo pode incluir um esforço do governador, no sentido de convencer o deputado Kléber Eulálio a assumir a pasta.
Outra mudança tida como certa é na Ouvidoria Geral do Estado: o atual titular, João Mádison, que é o primeiro suplente de deputado estadual na coligação que deu suporte a Wilson Martins, será efetivado na Assembleia. E já teria dito ao governador que prefere a cadeira de deputado que a Ouvidoria, o que abre mais uma vaga a ser preenchida.
Por outro lado, em Brasília dá-se como certa a indicação do novo presidente da Codevasf. E o Piauí é o dono da vaga, que deve recair sobre uma indicação do governador Wilson Martins. Há possibilidade de indicação de Rubem Martins (titular da SDR) ou - mais provável ? de José Augusto Nunes (chefe de Gabinete do governador). Em qualquer desses casos, abriria uma outra vaga no grupo de auxiliares diretos do Karnak. Um terceiro nome é um técnico da UFPI muito próximo a Wilson.
Por fim, especula-se que o secretário de Planejamento, Sérgio Miranda, estaria disposto a diminuir a participação no governo, desejando virar assessor especial do governador. Assim, tiraria das costas as pesadasatribuições de secretário. O mais cotado para o posto é César Fortes.
Corre por fora ainda o nome de João Alberto, que mantém boa relação com Wilson desde que foram companheiros no secretariado de Wall Ferraz, em 1993. Um auxiliar do Palácio do Karnak diz ainda que dois outros secretários poderiam deixar o posto. Um por vontade própria e outro por descontentamento do governador.
Wilson cogitava fazer essas mudanças após as eleições municipais, inaugurando uma nova composição da base governista. Mas parte dessas mudanças podem ser feitas agora, sem que impeça nova recomposição depois de outubro.