O senador Wellington Dias defendeu que os filiados ao Partido dos Trabalhadores aguardem o julgamento de ação que contesta o resultado da eleição interna - que apontou para a adesão a reeleição do prefeito Elmano Férrer - antes de tomarem uma posição pública em Teresina. ?O diretório municipal rejeitou o recurso que agora está na direção estadual e nacional do PT. Com base no resultado do recurso o cenário pode alterar, ou não?, lembrou Wellington.
Pelo senador, a decisão do partido deve acontecer apenas em junho. Antes disso, Wellington voltou a defender o lançamento de candidato próprio a prefeito de Teresina. Ele entende que os partidos da base aliada do governador Wilson Martins devem lançar candidatos e que apenas nas convenções ou em um eventual segundo turno aconteçam adesões podendo, inclusive, os petistas terem um nome disputando a nova eleição contra o candidato de oposição: Firmino Filho.
?Nós vamos ter até junho para tomada de decisão. Por tudo que o PT representa na capital poderíamos levar a eleição para o segundo turno. Nós temos candidaturas nos partidos aliados e na convenção avaliaríamos o cenário podendo unificar em duas ou três candidaturas e pelo que acompanho acho que há uma vontade de Teresina de que um desses nomes possa ir para o segundo turno e a gente estaria junto podendo inclusive ter um petista no segundo turno. Em uma conjuntura como essa a lógica seria lançarmos candidatura própria?, defendeu Wellington.
O senador entende que estrategicamente o melhor para o partido é lançar candidato, mas que depois que o conflito na eleição interna for resolvido nas instâncias partidárias a sua posição será a do PT.
Sales: Falta de nomes não é culpa do diretório municipal do PT
A principal contestação à eleição interna dos petistas que definiu a adesão do partido a reeleição do prefeito Elmano Férrer é a falta do nome de filiados aptos a votar nas listas presentes nos pontos de votação em Teresina. O senador Wellington Dias alega que muitos filiados se dirigiram as cabines de votação, mas foram impedidos de votar porque não constavam nas listas impressas pelo PT. O presidente do diretório municipal Francisco Sales contesta e afirma que se houve erro, foi do diretório nacional do PT.
?O recurso posto tramita na instância estadual. A executiva formalizou ao diretório municipal para que se manifestasse, o que foi feito na última sexta, dia 27. Nós protocolamos a defesa e estamos aguardando a manifestação da executiva estadual ainda essa semana. A relação de filiados foi elaborado pela instância nacional. Três dias antes da realização da eleição ela mandou a relação e alguns companheiros ficaram de fora. Se houve erro foi por parte da instância nacional?, afimou Sales.
O senador Wellington Dias ressaltou que a lista é elaborada pelo diretório municipal e depois homologada pela instância nacional do PT. ?O diretório municipal é quem tem que dizer quem está com a situação cadastral regular, quem pediu desfiliação, o diretório nacional não sabe disso. O municipal prepara, passa para o estadual que manda par ao federal. Houve uma quantidade grande de pessoas que foram votar e o nome não estava lá. Se uma parte dos filiados não pôde se manifestar, se tem um problema, é precisa ser julgada essa representação?, disse Wellington.