Ludmilla foi acusada de ter praticado intolerância religiosa durante seu show no Coachella realizado no último domingo (21). Na ocasião, ela exibiu um telão que dizia: "Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas".
O Tranca Rua(s) é uma falange/agrupamento de exus, as entidades espirituais presentes na Umbanda e Quimbanda. Sua principal característica é abrir caminhos.
O termo 'Intolerância religiosa é crime'' chegou a ficar entre os assuntos mais comentados no X (antigo Twitter). A funkeira se pronunciou após ser alvo de críticas.
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''Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar para falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe", começou em um post feito no seu perfil no X, antigo Twitter.
"Hoje, tiraram do contexto uma das imagens do video do telão do show em 'Rainha da Favela', que traz diversos registros de espaços e realidades nos quais eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado deles e me colocando em uma posição que é completamente contrária a minha", acrescentou.
"'Rainha da Favela' apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci mas infelizmente se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste. Isso passa por conviver em um ambiente muitas vezes hostil, onde a cada esquina você precisa se deparar com as dificuldades da favela."
"Não me coloquem nesse lugar, vocês sabem quem eu sou e de onde eu vim. Não tentem limitar para onde eu vou. Respeito todas as pessoas como elas são, e independente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade de que façam elas únicas".