O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, tentou minimizar o discurso da oposição que, no Senado Federal, busca instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar possíveis irregularidades no Ministério da Educação (MEC) envolvendo recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
No Piauí, nesta sexta-feira (08), Ciro disse que a investida não passa de uma "tentativa desesperada de criar fato".
"Como foi a CPI da Pandemia, que não deixou nada, não contribuiu em nada para o nosso país, e hoje a população. Você fazer uma CPI de um ato que não aconteceu, de uma corrupção que não aconteceu, é uma tentativa desesperada de um governo do passado que não tem o que mostrar, agora com um governo que tem, acima de tudo, o combate à corrupção", disse o ministro.
Aos jornalistas, Ciro ainda ironizou o debate em torno da CPI propondo um embate ético entre os governos PT e Bolsonaro.
"Talvez fosse melhor [no lugar da CPI] um debate do Paulo Guedes, nosso ministro da Economia, com [Antônio] Palocci, que foi ministro da Economia do governo PT sobre, talvez, a ética no nosso país", completou.
CPI DO MEC
Nesta sexta-feira, a oposição a Bolsonaro anunciou que conseguiu as 27 assinaturas necessárias para o requerimento que pede a instalação da CPI do MEC. O último nome confirmado foi o do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB).
As assinaturas até agora coletadas permitem a leitura do requerimento no Plenário do Senado. Cabe ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD), decidir sobre a abertura ou não da CPI.