O deputado estadual João Mádison, líder do MDB na Assembleia Legislativa do Piauí (PI), saiu em defesa do secretário de Governo, Marcelo Nolleto, apontando-o como "irretirável" na equipe de Rafael Fonteles (PT). O gesto se dá diante das queixas que deputados têm feito, nos bastidores, sobre a demora no andamento das demandas e, principalmente, da liberação de emendas.
No início da semana, o próprio presidente da Assembleia, Franzé Silva, admitiu insatisfação de “alguns deputados” em razão da “dificuldade de interlocução com alguns setores do governo”. Disse ainda que Rafael escolheu uma equipe “muito técnica” e que é preciso encontrar um “meio termo”. Tais insatisfações foram temas de uma reunião, na semana passada, entre o próprio Franzé, João Mádison, Hélio Isaías - líder do PT na Alepi - e o governador Rafael, no Palácio de Karnak.
“É irretirável. Não tem nada aqui que possa criar uma desavença com o Marcelo”, afirma João Mádison. Nolleto chega a perguntar: “Estão querendo me retirar, João?”. O emedebista confirma que sim, mas garante: “Mas não vamos deixar”.
Aos jornalistas, Nolleto diz que a gestão tem “humildade” para fazer uma autoavaliação, e ver o que pode ser melhorado. “E a avaliação que a gente faz aqui, nesses dez primeiros meses, foi muito boa a relação. Até porque isso se comprova com as tramitações céleres, rápidas, dos projetos de lei. Mas sempre há o que melhorar. E aí, quem está no poder, quem toma decisões com o dinheiro público precisa ser aprimorado, criticado para que melhore sempre”, diz.