Foi retirado de pauta, pela segunda vez, o veto do Palácio da Cidade ao projeto de Lei 90/2023, subscrito por quinze vereadores da capital, que propõe a denominação "Prefeito Firmino Filho" ao prédio, localizado no Centro de Teresina, onde funcionará o Museu de Imagem e do Som.
A proposta foi vetada pela gestão Pessoa, sob a alegação de que, para alguns prédios públicos, é prerrogativa do gestor fazer a escolha no nome. Ouvido pela coluna, o líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Antônio José Lira, diz ainda que Firmino já foi homenageado pela atual gestão com a denominação do viaduto no bairro Tabuleta.
"O nome já havia, também, sido escolhido, homenageando o grande Torquato Neto", completa o vereador, que disse ainda que buscará um entendimento com a base do prefeito no Legislativo para que o veto seja mantido.
Porém, alguns vereadores já se manifestaram favoráveis à derrubada do veto, como é o caso de Aluísio Sampaio (Progressistas), que viu a decisão como "desnecessária", e Evandro Hidd (PDT).
HOMENAGEM A CHAGAS JÚNIOR
A polêmica em torno do nome do Museu não termina aí. Em 2026, a Câmara de Vereadores de Teresina aprovou, proposta de Edilberto Borges, o Dudu (PT), para que o prédio recebesse o nome de Francisco das Chagas Júnior, idealizador do coletivo Salve Rainha, que morreu em um trágico acidente naquele ano.
O movimento tinha como foco a ocupação cultural de espaços urbanos. E um destes espaços foi justamente o prédio da antiga Câmara de Vereadores de Teresina, que passou anos abandonado, e passou a receber shows musicais, exposições e apresentações artísticas. Na época, o então prefeito Firmino Filho usou as redes sociais para defender que o prédio recebesse o nome de "MIS Júnior", em homenagem ao idealizador do Salve Rainha.
A coluna ouviu, nesta quarta-feira (28), a deputada estadual Bárbara do Firmino, filha do ex-prefeito de Teresina. Ela defende que seja levada em consideração a primeira proposta aprovada, tanto pela Câmara, como pela gestão municipal. "É uma homenagem mais do que justa ao Júnior. É uma maneira também da sociedade piauiense prestar homenagem a tudo que ele representava à frente deste movimento", disse.