Mesmo com o reiterado desejo dos líderes de unificar a base nas eleições municipais, são muitos os casos em que os partidos aliados a Rafael Fonteles (PT) irão se enfrentar nas urnas no próximo ano, tanto na capital Teresina, como no interior. E com a aprovação na casa dos 70%, o governador do Piauí tende a ser o maior “eleitor” de todos. Logo, seu apoio será alvo da cobiça dos candidatos.
Por um lado, há o interesse de Rafael e do PT em aumentar o número de prefeitos no Piauí. Do outro, estão partidos como MDB, PSD e Solidariedade, que são importantes para Rafael na sucessão em 2026.
E nesta equação, o governador Rafael já teria chegado a um entendimento com a base. É o que explica o deputado estadual João Mádison (MDB) em entrevista à coluna.
“Onde tiver dois candidatos da base, ele não vai. O que ele puder fazer pra um, que ele faça para o outro. E naqueles locais onde o candidato não votou nele, que o MDB vai ter muitos candidatos que estão se filiando, nós não temos problema. Nós sabemos que lá o governador vai apoiar o candidato que votou nele. Ele já deixou isso muito claro”, diz o emedebista.
Desde a eleição estadual, Rafael tem deixado claro à base a máxima de que “o exército da batalha será o mesmo da ocupação”. Foi assim na montagem do governo, ao que tudo indica, será na organização das chapas para a sucessão municipal.