Declarações do deputado estadual Júlio Arcoverde, presidente do Progressistas no Piauí, causaram reação na Câmara de Vereadores de Teresina entre os nomes da base de apoio ao pré-candidato do PT, Rafael Fonteles. Ao Jogo do Poder, o deputado projetou crescimento nas adesões à pré-candidatura de Sílvio Mendes após o dia 16 de agosto, quando encerra o prazo para o governo do Estado liberar obras e recursos aos vereadores.
Na interpretação dos "rafaelistas", o deputado teria deixado margem para que os vereadores fossem vistos como "vendidos". A reposta veio através de uma moção de repúdio apresentada no Plenário, assinada por vereadores como Dudu (PT), Deolindo Moura (PT), Venâncio Cardoso (PSDB) e Joaquim Caldas (MDB).
"Ele não pode atingir todo mundo como se fosse um só, como se fossemos vendidos, da forma como foi colocado. É um desrespeito ao parlamento como um todo", disse Deolindo Moura. Em discurso no plenário, ele lamentou ainda o "deboche" com o qual foram tratados os vereadores que se reuniram no último sábado com Rafael Fonteles. "Se nós, aqui dentro, mesmo dentro das nossas trincheiras, nos respeitamos, nós temos que exigir que o deputado também respeite os vereadores desta Casa", pontuou.
À Rede Meio Norte, Júlio Arcoverde avaliou que este debate "é muito pequeno", e que "a sociedade do Piauí está precisando mais efetivais do que voto de moção". E repetiu que a oposição espera a adesão de mais 8 vereadores, para além dos 8 que já fecharam com Sílvio Mendes. "Isso não interfere em nada o trabalho político do trabalho Júlio, vamos continuar trabalhando. E pra frente é que se anda. A gente vai ver lá na frente", completou.