A pré-candidata a prefeita de Teresina Bárbara do Firmino (PP) bateu a real na reunião que o senador Ciro Nogueira realizou no final de semana na capital para definir a estratégia do grupo e conquistar o Palácio da Cidade em 2024.
A jovem parlamentar pediu uma definição logo, pois está fazendo pré-campanha sem estrutura e praticamente sozinha pelas comunidades de Teresina. De fato, ela tem arregaçado as mangas por contra própria e visitado os bairros.
Também reclamou em sua fala diante dos deputados, vereadores, Ciro e do pré-candidato a prefeito Luciano Nunes (PSDB) que os próprios membros do grupo tratam de destacar os supostos pontos "fracos" dela, até mais do que fazem os pré-candidatos rivais. Nesse caso, embora ela não tenha usado na expressão, é o "fogo amigo".
O pré-candidato a prefeito Sílvio Mendes (UB) não compareceu alegando viagem do Dia dos Pais.
Já o vereador de Teresina Ismael Silva (PSD), de partido da base do governo estadual e que tem o deputado federal Marcos Aurélio como pré-candidato a prefeito, esteve no local, mas não participou da reunião. A conversa dele foi antes. Ismael é citado como potencial candidato a vice-prefeito se o nome escolhido for Sílvio Mendes.
Embora Bárbara tenha comparecido à reunião vestida de vermelho, ela explicou que pegou a primeira peça de roupa que viu e não associou a nada.
QUATRO CHAPAS
Ciro prometeu fazer uma pesquisa qualitativa ainda em agosto e uma quantitativa em setembro, definindo o nome do (a) pré-candidato (a) em outubro.
Embora Luciano Nunes estivesse na reunião, nos bastidores apenas os nomes de Bárbara e Sílvio são considerados para a cabeça de chapa.
A pesquisa vai mostrar, por exemplo, se a transferência de um deles para o PSDB para disputar com o número 45 é tida como relevante pelo eleitorado.
E serão quatro chapas de vereadores: do PP, do União Brasil, PL e PSDB. O coronel Diego Melo conversou com Ciro sobre a chapa do partido. Uma novidade aqui é que a jornalista Samantha Cavalca vai preferir disputar pelo Progressistas, pois considera que sua presença na chapa do PL serviria, basicamente, para garantir a reeleição do vereador Leonardo Eulálio. Ciro deu o OK.
Na prática, hoje se vê no horizonte apenas chapas de vereadores do PP e PL. Mas com um nome forte na cabeça de chapa, UB e PSDB podem conseguir formar as suas. A estrutura, tempo de rádio e TV e recursos dos fundos partidário e eleitoral do PP, União Brasil e PL precisam ser somados para dar chance ao nome.
Ninguém ousou dizer, mas alguns integrantes da reunião avaliam que Ciro deveria dar coordenadas da campanha nos bastidores, deixando que alguém como Luciano Nunes conduzisse o processo, pois temem que o bolsonarismo atrelado ao senador atrapalhe a candidatura na capital.