O presidente da CPI das Apostas, deputado Júlio Arcoverde (PP), informou que a Comissão aprovou nesta terça-feira (23) as primeiras ações: serão ouvidos a partir do dia 30 o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, autor de denúncias sobre as ilegalidades nas apostas em jogos, e autoridades de Goiás ligadas ao inquérito do caso.
“A CPI não será covarde para não punir quem não tem culpa, mas também não será covarde para fazer prejulgamentos”, disse o deputado do Piauí.
Júlio ressaltou que é de extrema importância o acesso da CPI a todos os dados da Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, que iniciou as investigações.
Ele informou que a CPI poderá propor aperfeiçoamentos na legislação e medidas de caráter educativo, nas categorias de base, para prevenir irregularidades.
“É obrigação de todos preservar a integridade do futebol, que ajudou a construir a identidade cultural do povo brasileiro. Vamos agir com equilíbrio e isenção”, acrescentou.
MOÇÃO DE REPÚDIO
Foi aprovado, nessa primeira reunião deliberativa, o plano de trabalho da CPI, que prevê a conclusão dos trabalhos no fim de setembro deste ano. A proposta de relatório será apresentada em 18 de setembro, discutida nos dias 19 e 21 e votada nos dias 26 e 28.
A CPI terá reuniões às terças-feiras e, se necessário, às quintas-feiras.
Também foi aprovada moção de repúdio aos ataques racistas ocorridos na Espanha contra o jogador brasileiro Vinicius Junior.