G20 reforçará políticas globais contra o negacionismo e pela Democracia

Cúpula acontecerá no Rio de Janeiro a partir de hoje; Líderes podem adotar Pacto contra Desigualddades

Em tempos de negacionismo global, a presidência brasileira no mais importante Fórum de Debates entre os países de maior Economia do mundo por resultar em um legado de fortalecimento da Ciência e da Democracia. As declarações ministeriais resultantes das discussões dos temas do G20 trazem propostas ousadas, como a taxação dos super ricos, a acreditação da vacina como forma de prevenção de doenças e a adoção de saberes e vivências como forma de adaptação às mudanças climáticas.

Todos os tópicos aparecem nos documentos que serão entregues aos líderes mundiais e que foram exaustivamente  debatidos ao longo do ano, durante reuniões realizadas no país. A partir desta quinta-feira, 14, o Rio de Janeiro passa a sediar a reunião de Cúpula do Grupo.

Em relação às Finanças, a proposta apresentada pelo ministro Fernando Haddad, da crianção de um imposto mínimo de 2% para quem atinge a marca de R$ 1 bilhão, é um das propostas que recebeu maior aceitação dos ministros da Fazenda e presidentes de Bancos Centrais dos países membros. Durante o encontro, Haddad confessou que ficou surpreso com a receptividade da proposta de taxar os super ricos do mundo.

Outra discussão que afeta a vida de milhões de pessoas aconteceu no Grupo de Prevenção de Riscos e Mudanças Climáticas. Segundo estimativa da ONU, o mundo terá uma média de 560 desastres por ano e 3 milhões de pessoas serão diretamente afetadas pelos fenômenos. Combater a desigualdade, reconhecer a necessidade de alertas precoces - o que não ocorreu, por exemplo, na Espanha, e reconhecer abordagens baseadas na Natureza como formas de enfrentamento foram incluídas no documento final do tema.

Em relação transição energética, o consenso tem sido mais difícil por razões óbvias: o Grupo do G20 tem grandes produtores de Petróleo, como a Arábia Saudita. Para esses países, a troca da matriz energética vai representar, a curto prazo, um problema econômico que exigirá muita negociação para desmobilizar a cadeia de produção, com reflexos na perda de empregos e dividendos para o país.

Os representantes do G-20 entendem a necessidade da transição, mas reconhecem que ela precisa ser feita com cuidado. A existência de países mais ricos e mais pobres e o alto custo da produção de energia limpa são outros fatores apontados.

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