POR CINTHIA LAGES
DIRETO DE BRASÍLIA
A montagem das arquibancadas para o Desfile Cívico-Militar em comemoração aos 201 anos da Independência do Brasil está quase concluída. Até ontem pela manhã, a empresa responsável pela estrutura estava trabalhando na Esplanada dos Ministérios, onde o evento acontecerá, a partir das 9h, com previsão de público de 40 mil pessoas. A orientação do presidente Lula é resgatar a data para exaltar a Democracia no país, em contraponto ao desfile do ano passado, ponto alto da crise entre os poderes.
Responsável pela organização, a Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal tem a missão de realizar um evento que não tenha conotação político-partidária mas que possa, ao mesmo tempo, estabelecer a diferença entre os governos. Em 2022, o então presidente Jair Bolsonaro aproveitou a data para convocar manifestações no país com pautas anti-democráticas, como contestação das urnas eletrônicas e do processo eleitoral .
O ex-presidente ainda elevou a temperatura entre seu Governo e o Supremo Tribunal Federal ao fazer críticas ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e afirmar que não cumpriria decisões do Supremo. O evento serviu para agravar a crise com a Corte.
Este ano, o 7 de Setembro ,como tradição, deverá reunir no mesmo palanque, o presidente da República e os comandantes das Forcas Armadas, no momento em que a Polícia Federal avança nas investigações que ligam o Tenente Coronel Mauro Cid e o pai dele, o general da reserva, Lourena Cid, no esquema de evasão de divisas e contrabando de jóias durante a gestão Bolsonaro.