Cerca de 60 prefeitos e líderes de cidades de vários países pedem US$ 800 bilhões em investimentos públicos anuais de governos nacionais e instituições de financiamento ao desenvolvimento. Os valores são fundamentais para implementar e expandir projetos climáticos em nível municipal ao redor do mundo, promovendo ambientes urbanos mais saudáveis, sustentáveis e dinâmicos. A estimativa é de que as cidades precisam de US$ 4,7 trilhões até 2030.
O apelo ocorre enquanto líderes globais se reúnem no G20 e na COP29, nos quais negociadores estão trabalhando para garantir alocações de recursos para ações climáticas em adaptação, mitigação e perdas e danos. O ministro das Cidades, Jader Filho, diz que programas brasileiros como o PAC e o Minha Casa Minha Vida contribuem para a adaptação de populações aos efeitos das mudanças climáticas e que o governo tem uma atenção especial às cidades.
Embora as cidades sejam responsáveis por mais de 70% das emissões globais de gases de efeito estufa e enfrentem o rápido crescimento das populações urbanas e dos impactos climáticos, elas também oferecem algumas das oportunidades mais dinâmicas para acelerar a descarbonização e a inovação.
Um investimento público anual de US$ 800 bilhões em projetos liderados pelas cidades poderia desbloquear esse potencial, complementando e potencializando a mobilização de financiamento privado e acelerando o progresso global no combate às mudanças climáticas, à medida que os países apresentam metas climáticas nacionais mais ambiciosas (Contribuições Nacionalmente Determinadas - sigla em inglês NDC) para a COP30 no próximo ano. De acordo com as projeções do GCoM, com base nas metas atuais e NDCs, as cidades comprometidas com a ação climática poderiam alcançar até 40% da lacuna de redução de emissões de carbono global entre as NDCs e um caminho de 1,5°C até 2030.