"Eu só quero que esse ano acabe"! O desabafo é da técnica de enfermagem Polyena Silveira que, em março deste ano, foi uma das integrantes da equipe médica que atendeu, no chão, um paciente com quadro grave respiratório, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Promorar.Apesar das tentativas de reanimação, o homem morreu. " Quando ele chegou, não tinha leito, nem maca. Então, nós pedimos que o parente que o trouxe, o deitasse no chão e todos fizemos o mesmo. O médico ficou de joelhos para entubá-lo. Ele foi desfibrilado e fizemos seis tentativas de reanimá-lo", conta a profissional.
Com oito anos de profissão, Polyena recebe um salário mínimo acrescido de alumas vantagens e os plantões extras são necessários para complementar a renda." Alguns colegas próximos têm vencimento de 800, 900.reais. Temos direito à progressão de dois em dois anos que está sendo retirada de nós. Nosso piso salarial defasado e ainda hoje
lutamos para mudar essa situação, diz referindo-se ao Projeto de Lei que tramita na Câmara Federal. " Enfermagem não vive de romance", desabafa.
Após o episódio, Polyena precisou se afastar do trabalho na UPA. "Mexeu muito comigo", conta. "Acompanhei meus amigos de profissão, uns deperessivos ou tros procurando ajuda. "Sinceramente, foi uma exaustção ao extremo. Às vezes, quando voltadva do trabalho, eu entava poupar minha família. Mas eu chegava em casa e desabava.Não tem como nosso stresse e emocionar não reflertir na nossa vida familia", conta emocionada.
Quase um ano depois daquele atendimento, ela diz : "hoje eu sou outra Polyena, mais forte. Não estou pronta para outro episósio mas estou prionta para atender e tentar trazer de volta todos que precisarem"
Confira o link da entrevista: https://youtu.be/SWba_XjDARE