Tradicional Restaurante Pesqueirinho completa 50 anos

Terceira geração resiste às enchentes, à pandemia e às mudanças climáticas que provocam redução de peixes no Poty

O próximo sábado,14,  será de festa para o Restaurante Pesqueirinho. O estabelecimento completa 50 anos de funcionamento ininterrupto em um local emblemático para Teresina, às margens do rio Poti, no bairo Poti Velho, onde começou a cidade que se tornaria capital do estado do Piauí.  Não  foi fácil resistir às enchentes. Na  última delas, em 2009, o nível das águas subiu a ponte de inundar o restaurante. "A gente funcionava até quando não alagava a cozinha. Neste ano, paramos por quase duas semanas", diz Rafael Nascimento, neto dos fundadores do Pesqueirinho.

A3ª geração da família Nascimento assumiu o controle do Restaurante em 2018.Rafael é bacharel em Direito mas atendeu ao chamado de dar continuidade ao negócio fundado pelo avô, depois que o pai, Edvaldo Robert da Silva, morreu de complicações de diabetes. "O segredo é confiança, é amor, é confiança. Tudo foi passado de geração a geração", diz Nascimento. Quando criança, ele lembra de brincar no espaço onde está localizado o Restaurante, na zona norte. A tradição do cardápio foi seguida. " O prato mais pedido continua sendo a caldeirada tradicional, servida na panela de barro e que chega, ainda fervente, à mesa do cliente", conta. Outro sucesso do cardápio é a manjubinha frita mas esta, vem de Parnaíba. Já a Piabinha, é pescada no rio.

Manjubinha vem de Parnaíba. Piabinha tradicional do rio Poty.

Ao longo de meio século de existência, o cardápio só precisou se adequar à escassez do pescado. Peixes como o matrinchan,  praticamente desapareceram. Até o surubim, que antes era farto, raramente é encontrado pelos pescadores da antiga Vila do Poti.

Para marcar a passagem do cinquentenário, o Pesqueirinho organizou uma programação que começa com uma missa, inclui o café da manhã e arremata com apresentações musicais na hora do almoço. "Vai ser uma festa", antecipa Nascimento

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