Por Rany Veloso
O relator geral do orçamento de 2023, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), esclareceu ao blog que "anomalia" não é o orçamento secreto, como ficaram conhecidas as emendas do relator, e sim o valor bilionário. A previsão para o ano que vem é de R$ 19 bilhões, que serão indicados por ele e pelo presidente da Comissão Mista de Orçamento, o deputado Celso Sabino (União). O presidente, além do relator, indicando essas emendas foi uma das mudanças aprovadas nesta terça na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária).
Outra alteração que estava prevista era a obrigatoriedade do pagamento dessas emendas pelo governo federal tornando-as impositivas, mas por pressão do presidente Pacheco (PSD-MG) em um aceno a Lula foi retirada.
Nos últimos dias, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse em entrevista que seu estado recebeu R$ 50 milhões por ter votado em Pacheco para a presidência do Senado.
ORÇAMENTO SECRETO
Foi assim que as emendas de relator ficaram conhecidas, pela falta de transparência. Os parlamentares não são obrigados a colocar a assinatura nos recursos enviados, o que causa estranheza, pois geralmente eles querem ser identificados quando enviam recursos à base eleitoral.
Apesar do STF ter imposto a identificação das emendas, nesta terça (12) durante a votação da LDO os parlamentares aprovaram um dispositivo que pode ocultar o nome do parlamentar.