Por Rany Veloso
Após multa do TSE aos partidos da coligação de Bolsonaro (PL) de quase R$ 23 milhões, os presidentes do PP e do PL dizem que vão recorrer pedindo a retirada da ação, o não pagamento da multa e o desbloqueio do fundo partidário. A justificativa é de que não foram consultados sobre o prosseguimento da contestação do resultado das eleições apenas no segundo turno, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, insistiu após despacho de Alexandre de Moraes.
Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, questionado pelo blog, foi objetivo: "não temos nada a ver". O deputado federal reeleito por São Paulo enviou prints de vídeos dele reconhecendo a vitória de Lula no dia 30 de Outubro.
O PP, partido de Ciro Nogueira, o ministro da Casa Civil, disse ao blog que os advogados já entraram com recurso para a exclusão da multa. O deputado federal Cláudio Cajado, presidente em exercício, diz que não autorizou Valdemar Costa Neto.
"O Pres. Valdemar como representante da coligação entrou em nome da Coligação , mas não tivemos nenhuma participação nesse processo, sequer fomos intimados ou citados e como podemos ser penalizados?", questiona sobre não ter tido o direito do contraditório e a ampla defesa da agremiação.
"Faltou intimação dos partidos da coligação (Progressistas e Republicanos) para se manifestarem; os poderes do representante só valem até a eleição – as eleições já terminaram e o resultado foi admitido pelos presidentes dos partidos; impugnaremos o valor atribuído a uma causa que não tem valor econômico", argumenta o deputado.
Cajado também faz reclamação ao ato de Valdemar. "Outra coisa seria que a ata de eleição do representante da coligação não pode ser um cheque em branco".