Por Rany Veloso
A 30 dias das eleições, a base do governo passa por uma difícil situação. Diante do crescimento dos candidatos a deputado federal pelo Solidariedade e a possibilidade de eleger um, a Federação (PT, PC do B e PV) e o PSD de olho em mais nomes na Câmara Federal pressionam Rafael Fonteles (PT) e Wellington Dias (PT) para atenderem suas demandas políticas em detrimento dos candidatos pelo Solidariedade, a exemplo de Mainha.
Evaldo Gomes, presidente da sigla, trabalha silenciosamente na tentativa de conter a desmotivação do ex-deputado federal Mainha, que nesta quinta-feira (01) pensou em desistir da campanha, mas foi convencido até o momento a permanecer. O ex-prefeito de Itainópolis, José de Andrade Maia, teve que acalmar os ânimos do filho.
Mesmo assim o cenário é instável, isso porque depende da base atender as demandas políticas do candidato, que já foi superintendente do governo em Brasília.
Informações de bastidores dão conta que o governo está recebendo pressão tanto da Federação quanto do PSD, porque ambos querem fazer no mínimo mais uma vaga em cada. Floretino Neto (PT), Merlong Solano (PT) e um terceiro nome do PSD (Castro Neto ou Marcos Aurélio) seriam os ameaçados e por isso precisam de um apoio maior.
Caso Mainha desista, o Solidariedade pode desembarcar na oposição e fortalecer Sílvio Mendes (União Brasil) ao governo. Interlocutores da situação já estão sondando membros do Solidariedade sobre essa possibilidade e a informação repassada é que iriam todos juntos.
O blog tentou contato com Evaldo Gomes, mas ainda não obteve resposta. Mainha nega.
Na última semana, o blog também apurou que o candidato do Solidariedade Silas Freire deixou de participar de agenda de Rafael Fonteles em Floriano, um dos maiores colégios eleitorais do Piauí e onde Silas teve votações expressivas, porque também há uma insatisfação em relação aos pedidos ao governo. A tendência é que ele não participe das próximas agendas da chapa majoritária, mas que continue apoiando Lula (PT) à presidência.
"Estou desesperançoso com o apoio majoritário, mas não abro mão de Lula", afirma Silas.