Por Rany Veloso
Na manifestação enviada hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador geral da República, Agusto Aras, negou o pedido de apreensão dos celulares do presidente Bolsonaro e do filho dele, Carlos Bolsonaro, no inquérito que investiga possível interferência do presidente na Polícia Federal (PF).
Aras argumenta que a notícia-crime apresentada por três partidos politicos não trouxe nenhum fato novo, apenas uma capitulação jurídica nova aos fatos que já estavam sendo apurados. Quanto às diligências requeridas, o procurador-geral diz que a legislação processual não contempla a legitimação de terceiros para a postulação de medidas apuratórias, isto é, não cabe a pessoas de fora do inquérito pedirem investigação.
Na semana passada, Celso de Melo, ministro do STF relator do caso, pediu que a PGR se manifestasse sobre o pedido de apreensão e períca dos celulares de Bolsonaro e do filho dele. No mesmo dia, Bolsonaro disse que não entregaria seu celular nem sob ordem judicial.
No fim, quem decide se os celulares devem ou não ser apreendidos é o ministro do STF.