Por Rany Veloso
Por decisão final da Câmara dos Deputados, com 316 votos, após sessão do Congresso Nacional nesta quinta-feira (20), até o fim do ano que vem, os servidores públicos, inclusive os que estiveram na linha de frente de combate à pandemia, não terão direito a reajuste de salários. Essa era a contrapartida para que estados e municípios recebessem o auxílio do governo de R$ 60 bilhões para combater os efeitos econômicos da pandemia.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com o argumento de que os servidores estão com os salários em dia mesmo durante a crise, defendeu a permanência do veto pensando no controle das contas públicas. Mas a oposição chegou a dizer que essa conta não batia e que como o governo havia decretado estado de calamidade pública os gastos poderiam ser flexibilizados. Quem não se agrada dessa ideia é o ministro da Economia, Paulo Guedes, que está preocupado com o teto de gastos do próximo ano.
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), comemorou a primeira vitória do governo sob seu comando.
O ministério da Economia soltou até uma nota parabenizando os deputados. Paulo Guedes, depois da votação dos senadores, disse que eles haviam cometido um crime contra o país.
O que muitos senadores argumentaram é que o presidente Bolsonaro segurou a ajuda aos estados e municípios para dar aumento a algumas categorias, como os policiais do Distrito Federal, o que seria desleal com as outras.
O Senado votou na noite de quarta (19) pela derrubada do veto, permitindo o descongelamento dos salários, mas o resultado gerou uma grande repercussão, começando pelo presidente Jair Bolsonaro ao dizer que seria impossível governar o país, pois o prejuízo seria de R$ 120 bilhões.
VEJA COMO OS DEPUTADOS PIAUIENSES VOTARAM:
Átila Lira (PP) - SIM (PARA MANTER O VETO DO PRESIDENTE E NÃO PERMITIR REAJUSTE)
Cap. Fábio Abreu (PL) - NÃO (PARA DERRUBAR O VETO E PERMITR REAJUSTE)
Flávio Nogueira (PDT) - SIM
Iracema Portella (PP) - SIM
Júlio César (PSD) - SIM
Margarete Coelho (PP) - SIM
Marina Santos (Solidariedade) - SIM
Marcos Sampaio (MDB) - SIM
Merlong Solano (PT) - NÃO
Rejane Dias (PT) - NÃO