Por Rany Veloso
Apesar de ter passado a última noite em observação por um desconforto intestinal, Bolsonaro viaja ao Piauí amanhã (30). A informação foi confirmada pelo ministro da Casa Civil, o piauiense Ciro Nogueira, presidente nacional licenciado do PP. Eles participam agenda de inauguração da primeira antena 5G Agro na fazenda Ipê, em Baixa Grande do Ribeiro. “É uma prova que o Nordeste tem de ser o dono de seu futuro não prisioneiro do seu passado”, jogando uma indireta para a relação histórica do estado com o PT. Mas nem todos estão tão otimistas como o ministro, isso porque da bancada federal, nenhum dos 10 deputados federais e 3 senadores confirmou acompanhar a comitiva de Bolsonaro.
A explicação é lógica, no Piauí a rejeição de Bolsonaro pode atrapalhar os planos de quem está trabalhando a reeleição. Os números das últimas pesquisas eleitorais apontam uma preferência de mais de 70% do eleitorado ao pré-candidato à presidência pelo PT, Lula. Além dos últimos resultados nas urnas que revelam preferência pelo partido da esquerda.
Era esperado, ao menos, a presença de alguns parlamentares do PP, partido do Centrão da base de sustentação de Bolsonaro no Congresso. Mas os deputados federais Átila Lira, Margarete Coelho não responderam ao blog. Até semana passada, Átila havia confirmado presença. Iracema Portella, que está na chapa majoritária da oposição como pré-candidata à vice, alegou estar em Brasília cuidando da licença da Câmara para poder se dedicar à campanha. Ela pode estar usando a mesma estratégia do cabeça de chapa, Sílvio Mendes (União Brasil), que não associar sua imagem a de Bolsonaro.
Os senadores também da sigla, Elmano Férrer e Eliane Nogueira disseram ter compromissos previamente agendados.
Marina Santos (Republicanos), que tem uma relação mais próxima ao governo federal não irá por motivos de saúde.
Já os outros parlamentares são ligados à base do governo do estado, então seria natural que não participassem.
Membro da Frente Parlamentar da Agropecuária, Júlio César (PSD) disse ao blog que não irá porque corre contra o tempo para fechar a chapa proporcional do PSD. O outro parlamentar da sigla, Fábio Abreu, ex-secretário de Segurança do governo, também não irá.
O senador Marcelo Castro (MDB), que argumenta ter destinado mais de R$ 500 milhões aos Cerrados, informou não ter sido convidado. Assim como Merlong Solano (PT), Rejane Dias (PT) e Flávio Nogueira (PT).
Marco Aurélio Sampaio (MDB) também disse ao blog que não irá.