Por Rany Veloso
Após desmarcar uma série de compromissos em Teresina para vir a Brasília as pressas, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) participa de audiência ainda nesta segunda-feira (15) com o presidente Jair Bolsonaro.
Dentre as pautas pode estar a sucessão ao Ministério da Saúde. Desde o ano passado, com a proximidade do Centrão ao governo, Ciro vem indicando cargos ao governo.
Ontem e hoje Bolsonaro se reuniu com a médica Ludmila Hajjar e recusou o convite do presidente para a pasta. De acordo com a profissional, que é a favor do isolamento social e da ciência, não houve convergência técnica com os possíveis direcionamentos do chefe do executivo. Lockdown e o tratamento precoce são os pontos divergentes. A médica afirma que não há tratamento precoce. "Acho que o Brasil hoje para combater a pandemia tem que se pautar em evidência científica, em salvar a vida das pessoas", declara.
Aliados do governo atribuem o declínio a um áudio no qual a médica critica Bolsonaro no trato da pandemia.
Nesta segunda-feira (15), Bolsonaro também se reuniu com o cardiologista Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileiroa de Cardiologia.
Outro nome ventilado nos corredores da Câmara foi da médica e deputada federal Marina Santos (Solidariedade), que com exclusividade ao blog negou que tenha recebido convite.
Pazuello, que ainda está a frente da pasta, assumiu que Bolsonaro está procurando nomes e durante coletiva na tarde de hoje fez uma espécie de balanço do seu trabalho no Ministério.
O governo procura um nome técnico para tentar reverter a imagem negativa que o Ministério carrega, prestes a ser protagonista em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado e em um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga omissões no momento mais delicado da pandemia no país.