Por Rany Veloso
Antes de prestar depoimento à CPI da Pandemia, o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que trouxe documentos para a comissão e vai falar sobre o caso da morte da vereadora Marielle Franco, que segundo ele foi o estopim para o desentendimento com o governo federal. Witzel alega que o impeachment que sofreu é consequência de uma perseguição política, assim como outros governadores foram perseguidos durante a pandemia. “Espero que a CPI possa trazer luzes sobre o que aconteceu no Rio de Janeiro”, dispara.
O ex-governador vai usar o espaço para tentar se defender e culpar o governo federal por problemas durante a gestão da pandemia. “Não tem como não falar [do governo federal]. A pandemia está como está em razão da postura do governo federal”.
Questionado se vai esclarecer sobre a suspeita de corrupção e desvio de recursos da saúde no Rio de Janeiro, Witzel afirma que são fatos que terão que ser esclarecidos. “É um dos pontos que quero que a CPI investigue, porque se eu tivesse ficado teria investigado quem desviou recurso do Rio de Janeiro, se é que teve. Vamos esclarecer tudo porque não temos nenhum problema com a verdade”.
Ontem, o ministro do Supremo, Nunes Marques, concedeu o direito para Witzel não comparecer, mesmo assim o ex-governador vai depor, porém não precisa fazer juramento de falar a verdade sob falso testemunho e pode ficar em silêncio sobre as denúncias que pairam contra ele.
Com a decisão do STF, a tropa de choque do governo vai usar estratégias para defender o governo federal, pois vai encontrar barreiras para explorar os escândalos de corrupção do Rio.