Por Rany Veloso
Os deputados federais do Piauí discordam como o presidente se saiu nesses primeiros 100 dias de governo. Enquanto Merlong Solano (PT) acredita no poder de negociação de Lula com o Congresso Nacional para aprovar a Reforma Tributária e o novo arcabouço fiscal, cruciais para a economia; Júlio Arcoverde (PP) sustenta o papel da oposição, afirma que Lula está preso ao passado com sede de vingança sem olhar para o futuro e critica a condução da economia. "O presidente está no ritmo do relógio analógico ao invés do digital", dispara.
"Antes mesmo de assumir a presidência, Lula já mostrou a liderança que tem no Brasil e a enorme credibilidade ao negociar com o Congresso Nacional a aprovação da PEC da Transição, que lhe deu condições de comprar uma das principais promessas de campanha. O local dos mais pobres do orçamento está lá e muitas iniciativas neste sentido, como o novo Bolsa-Família, o Mais Médicos, Minha Casa, Minha Vida, dentre outras", relembrou Merlong
Arcoverde prefere lembrar que o presidente petista não tem apoio suficiente no Congresso para aprovar essas propostas. "Hoje, na maioria de suas falas está falando do presidente Bolsonaro. Não fala das perspectivas de futuro para o nosso país e a economia está dando sinais. Muito negativo. As expectativas da economia são muito ruins para nós. Temos que trabalhar para o governo, que consiga fortalecer sua base na Câmara, que até agora não existe. Não existe uma base do governo, não existe um interlocutor.
Na manhã desta segunda-feira (10), Lula reuniu seus 37 ministros, no Palácio do Planalto, em Brasília, fez um balanço das ações, programas lançados, investimentos em setores como Ciência e Habitação, cobrou redução dos juros, o "desenrolar" do programa de renegociação de dívidas; criticou a atuação dos bancos públicos; saiu em defesa do Haddad, o ministro da Fazenda, quando disse acreditar na aprovação do arcabouço fiscal e criticou o governo Bolsonaro.