Por Rany Veloso
Ficou para a próxima semana a análise na Câmara dos Deputados sobre o projeto de lei que facilita a compra de imunizantes contra a Covid por empresários para vacinação de funcionários e parentes sem a obrigação de doação de 50% ao Sistema Único de Saúde (SUS) como previa outra lei aprovada pelo Congresso. A intenção era que os grupos prioritários fossem vacinados primeiro para que não housse um conflito de interesse. Mas agora Arthur Lira (PP-AL) faz gesto ao empresariado, pauta o projeto e se diz a favor para que a classe consiga manter seu negócio em pé.
Com esse aval, a classe já se mobiliza em Brasília e inicia a negociação com farmacêuticas e recebem propostas que cobram de 7 a 10 dólares por unidade. Isso porque não será necessário a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e sim de alguma agência internacional. Fato que abre as opções de vacinas e para Lira acelera o processo de imunização no país.
O que deixou os empresários descontentes foi a retirada pela relatora Celina Leão (PP-DF) do ponto que possibilitava o abatimento no imposto de renda. Esse foi inclusive um aceno feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
A Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil acredita que o ideal seja neste momento destinar tudo ao SUS para não aumentar a desigualdade de vacinação dos grupos prioritários.
Outros críticos dizem que a proposta privilegia quem tem condição social melhor e não deixa de ser uma maneira de furar a fila.