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Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

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Exclusivo:Renan Calheiros sobre Élcio Franco: 'mentiu, isso não vai passar'

O senador comentou com exclusividade o dia de depoimento na CPI da Pandemia.

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Por Rany Veloso

Após mais de 8 horas de depoimento, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) falou com exclusividade ao blog sobre a participação de Élcio Franco na CPI da Pandemia. A avaliação é de um bom dia de depoimento nos trâmites da investigação, pois teve espaço para confrontar algumas declarações entendidas como contraditórias em vídeos. Para o senador, esse comportamento caracteriza "omissões" do governo federal. "É a repetição de uma versão que tenta demonstrar o contrário do que aconteceu no Brasil e isso acabou agravando esse quadro de morticínio", declara ao blog.

Questionado se Élcio Franco Mentiu, Calheiros não pensa nem um segundo para responder: "absolutamente mentiu, infelizmente. Nós o confrontamos em algumas oportunidades com relação a essas mentiras. Isso tudo tem tocado na  população porque as pessoas querem saber o que aconteceu, não adianta os membros do governo virem aqui para dizer o contário, isso não vai passar".

SOBRE O DEPOIMENTO DE ÉLCIO FRANCO

Logo no início da sessão, uma troca de ofensas entre os senadores Otto Alencar e Marcos Rogério: "covarde". A discussão ocorreu após a acareação entre a médica infectologista Luana Araújo e a coordenadora do Plano Nacional de Imunização, Francieli Francinato, ser aprovada para esclarecer a vacinação de mulheres grávidas contra Covid. 

O número dois de Pazuello no Ministério da Saúde, Élcio Franco, foi na mesma linha do aliado, mesmo assim apresentou contradição sobre o início da crise da falta de oxigênio no Amazonas e negou interferência de Bolsonaro na negociação da Coronavac, para ele, a produção Butantan no ano passado poderia gerar um "cemitério de vacinas".

O ex-secretário disse que desconhece a existência de um gabinete paralelo e que a tese da imunidade de rebanho natural nunca foi discutida.

Élcio Franco (Foto: Senado Federal)

Sobre os mais de 80 contatos da Pfizer na tentativa de negociar imunizantes, sendov 53 não respondidos, o ex-secretário argumentou que as cláusulas draconianas e um vírus no servidor atrasaram o processo.

Ele confirmou que a gestão de Pazuello defendia o atendimento precoce, mas que a compra da cloroquina não foi para o tratamento da Covid e sim para o programa antimalária.

Antes do depoimento, os senadores votaram requerimentos de convocação, 8 aprovados, dentre eles, o do ex-ministro e deputado federal Osmar Terra, colocado pela oposição como o mentor do gabinete que aconselhava Bolsonaro paralelamente; e do auditor do Tribunal de Contas da União Alexandre Marques, responsável por um relatório falso mencionado por Bolsonaro que questionava sobre a super notificação de mortes da Covid.

VEJA OS OUTROS CONVOCADOS:

Felipe Cruz Pedri, secretário de Comunicação Institucional do governo

José Alves Filho, empresário

Renato Spallicci, presidente da Apsen Farmacêutica

Francisco de Araújo Filho, ex-secretário de Saúde do Distrito Federal

Desenvolvedor (não nominado) do aplicativo TrateCov

Francieli Francinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunização

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