Por Rany Veloso
Nesta semana, o governo Lula conseguiu adiar a sessão de análise de vetos, entregar a regulamentação da Reforma Tributária, aprovar o Perse no entendimento do ministro da Fazenda, Haddad. Mesmo assim, ainda há reclamações da articulação do governo. Os parlamentares da base estão otimistas. O deputado federal Florentino Neto (PT-PI) faz observações na relaçãp, mas destaca que é produtiva a medida que o governo consegue aprovar pautas como a Reforma Tributária.
"Eu acho que o governo tende a melhorar a relação com o Congresso, é uma relação que tem sido produtiva, matérias importantes foram aprovadas, nós não podemos dizer que essa relação não tem sido produtiva, tem sido produtiva", argumentou.
"ALTOS E BAIXOS", DEFINE O DEPUTADO
Florentino ressalta que o canal de diálogo foi aberto.
"Agora na democracia é assim mesmo, nós temos esses altos e baixos nas relações entre os poderes, mas o consenso sobre aquilo que é fundamental para o país nunca pode deixar de existir e o respeito institucional entre os poderes também deve prevalecer".
EXPECTATIVA PARA A SESSÃO DOS VETOS
A sessão foi remarcada para o próximo dia 9, "impreterivelmente", como disse o senador Marcelo Castro (MDB-PI). Florentino acredita no consenso, mas a coluna apurou que os deputados estão com "sede" para derrubar os vetos de Lula ao corte de R$ 5,6 bilhões em emendas e ao PL das saidinhas temporárias dos presídios. Nesta última questão até parlamentares do próprio PT podem votar para derrubar o veto.
"Eu acredito muito no consenso e o governo está trabalhando pela unificação, pela reconciliação. Do país e acredito que a gente deva seguir conforme o governo está imbuído no sentido dessa aprovação desses vetos", finaliza Florentino.
REUNIÃO COM RUI COSTA
Nesta semana, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, entrou novamente na seara da articulação e reuniu líder e vice-líderes do governo na Câmara para ouvir as reclamações. O deputado Merlong Solano (PT-PI) participou como vice-líder e disse à coluna que a dificuldade está "afetando até a bancada do PT".
"Expomos nossos pontos de vista em relação a certa dificuldade de interação entre o Congresso e o Poder Executivo, que está afetando até a bancada do PT, informações chegando de maneira escassa, de maneira fragmentada, e o ministro entendeu os nossos argumentos, assumiu o compromisso de azeitar ainda mais a abertura de informações para que a nossa bancada possa fazer aquilo que nós consideramos ser nossa responsabilidade, é apoiar o projeto que é liderado pelo nosso presidente Lula".