Por Rany Veloso
Eleito presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Manipulação dos Jogos de Futebol com os 22 votos dos deputados federais presentes, o piauiense Júlio Arcoverde (PP) vai estar à frente das investigações desse suposto esquema envolvendo jogadores e apostadores em partidas profissionais.
Arcoverde falou em punição severa. "Isso tem que ser esclarecido e os responsáveis severamente punidos. A CPI é oportuna e surge como instrumento que facilitará a elucidação desses fatos", disse Arcoverde.
Serão 120 dias de trabalho, que podem ser prorrogados por mais 60, até a apresentação do parecer que vai ficar a cargo do autor do pedido da CPI, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), líder do blocão de Arthur Lira (PP-AL) na Câmara.
De acordo com o novo presidente, 130 jogos estão sob suspeita de manipulação. Júlio Arcoverde será responsável por fazer o cronograma dos trabalhos, convocar as sessões, determinar coleta de provas e colocar os pedidos de depoimento em apreciação.
Para as audiências são esperados jogadores e apostadores apontados inicialmente pela denúncia do Ministério Público do estado de Goiás na operação Penalidade Máxima.
"Trabalharemos incansavelmente em conjunto na coleta de análise de provas, nas oitivas das testemunhas e demais tratativas (...) Vamos juntos tornar o futebol mais transparente, mais honesto e mais justo principalmente para aquele povo apaixonado que dedica grande parte de sua vida e finanças a esses clubes de futebol brasileiros", se comprometeu.
Júlio Arcoverde foi presidente do River, no Piauí e hoje é presidente do Conselho deliberativo do mesmo clube.