Por Rany Veloso
O piauiense Kassio Nunes, indicado pelo presidente Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) será sabatinado pelos senadores no próximo dia 21, às 08 horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Cerca de 10 parlamentares já se colocaram a disposição para relatar o tema, entre ele Eduardo Braga (MDB/ AM) e Jaques Wagner (PT/BA), mas diante da cotação a prória presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB/MS) pode acabar sendo a relatora. O certo é que Nunes já começou um processo de "campanha" no Senado para estar adinado no dia da sabatina. Nesta terça-feira (06), ele está participando de uma maratona de reuniões, durante a manhã, esteve em reunião virtual com o bloco Vanguarda, dentre eles, o senador Elmano Férrer (PP-PI), Marcos do Val (Podemos) e a Maria do Carmo (DEM).
Em uma conversa informal, o desembargador tirou dúvidas dos senadores, disse que não é amigo de Bolsonaro, mas que a indicação do seu nome para o STF foi uma decisão exclusiva do presidente. Se posicionou sobre temas polêmicos, como, prisão em segunda instância, defendendo que cada réu, dependendo do histórico, deve ter um tratamento diferenciado, mas que agora é o Congresso que deve legislar sobre o tema. Também falou sobre posse se arma, além de defender operações de combate à corrupção. Tentou se justificar sobre a indicação da então presidente Dilma Roussef para que ele assumisse em 2011 uma vaga no Tribunal Regional Federal (TRF-1).
Ontem (05), Kassio Nunes teve uma reunião com o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, representante da ala ideológica do governo, que soltou as críticas mais pesadas em relação a escolha do presidemte.
Todos esses fatos mostram também que Kassio Nunes é um bom articulador político.