Por Rany Veloso
Apesar de estar sendo pressionado a revelar o nome do futuro ministro da Economia, Lula disse que só anunciará os primeiros nomes após a sua diplomação, marcada para o dia 12 de dezembro. Fernando Haddad é o cotado. O PT está obstinado a ficar com a pasta. O presidente eleito afirmou que já tem 80% dos ministros em sua cabeça e explicou porque Gleisi Hoffman, presidente nacional do PT, não será ministra.
Destravar a PEC da Transição ou do Bolsa Família é um dos objetivos de Lula. Por isso, passou a semana negociando com líderes políticos. "O que me interessa é a PEC que nós mandamos. Já conversarmos com os presidentes da Câmara, do Senado, com várias lideranças. Até agora não há sinal de que as pessoas querem mudar a PEC. Não é o governo que precisa dessa PEC, é o Brasil que precisa dessa PEC. Quem deveria ter colocado a quantidade de recurso no orçamento era o atual governo. Ele tá tirando dinheiro da saúde, da educação, me parece que ele quer deixar o país a zero", destacou.
PSD e MDB confirmaram estar na base. Em troca esperam espaços na Esplanada dos Ministérios. "Eu tô num processo de conversa com todos as forças políticas, forças políticas que não me acompanharam, mas que tem importância no Congresso Nacional".
Sobre o novo salário mínimo, Lula se comprometeu em fazer o reajuste real, e questionado pelo blog se o valor deve ficar em R$ 1.320 em 2023, como disse Wellington Dias, afirmou que o coordenador de adequação do orçamento na transição deve saber mais do que ele. "Talvez o Wellington tenha alguma informação que eu não tenha".
Já sobre o orçamento secreto que Lula tanto criticou, disse que é a favor de emendas parlamentares, mas defende mudanças, como por exemplo, critério para distribuição e transparência.