Por Rany Veloso
Se depender do Senado, Ernesto Araújo está com os dias contados no Ministério das Relações Exteriores. Depois de Pazuello ele é o próximo alvo. Isso porque na visão do Congresso Nacional é praticamente unânime a opinião de que o chanceler só atrapalha, portanto não está fazendo bem ao país. Alguns senadores, publicamente, fizeram o pedido para que ele deixasse o cargo para que o Brasil voltasse a se relacionar normalmente com países parceiros em prol das vacinas contra a Covid. O senador Marcelo Castro (MDB-PI) questionou ao ministro o motivo da ida a Israel, quando Araújo foi chamado atenção por não usar máscara e virou manchete no mundo inteiro. Para o piauiense, o Senado faz um julgamento de um futuro não muito tranquilo e não duradouro no Ministério. "Foi uma sessão deprimente", "clima tenso, carregado" e "críticas muito fortes" são alguns dos trechos revelados pelo senador ao blog no vídeo abaixo.
Durante audiência pública com os senadores nesta quarta-feira (24), Araújo argumentou que todos os países estão tendo dificuldade para comprar vacinas, mas a justificativa não colou. Eles acreditam que a má relação internacional do Brasil com o principais parceiros comerciais que poderiam ajudar na aquisição de vacinas, como a China, Índia e Estados Unidos, também é atribuída ao ministro, que participou dos principais conflitos com esses países ao demorar para reconhecer a vitória de Biden, negar pedidos do governo indiano e jogar a culpa do Coronavírus aos chineses. "Jogaram pedra nos parceiros sem necessidade e agora estamos precisando deles", disse um parlamentar ao blog em off.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, está empenhando na saída de Araújo do governo e naquele discurso de ontem exigiu mais diálogo do Brasil com outros países para adquirir mais vacinas e hoje já teve um encontro com o chanceler, que tenta aliviar a pressão pela saída mostrando as "ações" desenvolvidas pela pasta.